domingo, 24 de abril de 2016

Esquemas em Projetos de Urbanismo - LEGO

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“Agora só falta colocar as ruas, as pessoas, as instalações urbanas, o mobiliário… E não posso me esquecer do Homem Aranha…”

Bom, sabemos que projetar casas para que sejam funcionais, belas e baratas é uma tarefa cansativa e muitas vezes penosa. Não apenas prazos corridos de entrega ou clientes antipáticos tornam o projeto trabalhoso, o próprio processo de planejamento, se não gerenciado de forma habilidosa pode se tornar o carrasco de todo procedimento.

Mas quando estamos lidando com um projeto urbano? A missão não é muito diferente nesse caso, podemos pensar como uma casa, em escala bem maior. Os problemas estão presentes na mesma proporção e soluções devidamente pensadas fazem toda diferença para que a região.

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“Esse bloco está obviamente numa posição errada na minha doce e bela cidade perfeita e brilhante”

Assim como no projeto de casas ou de interiores, o planejamento urbano observa com cuidado o que deve ser feito para que o local se torne útil e agradável, sendo assim seu objetivo é a vida e felicidade das pessoas. Dentro desse conceito surgem uma série de métodos que auxiliam a traçar um esquema para esses desenhos urbanos.

Esses esquemas fornecem diversas informações em poucos elementos e ajudam o arquiteto a organizar os conceitos. Dados dispostos diretamente sobre o desenho evitam a procura do leitor por legendas e tornam mais fácil a compreensão dos elementos. O esquema seleciona o que é relevante e ignora o que não é essencial.

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“Distintas linhas, múltiplas possibilidades”

Mesmo antes de ter alguma proposta concreta, os esquemas contribuem para o entendimento das ideias tanto para arquitetos quanto para clientes. Se as ideias fundamentais estiverem contidas no esquema inicial, será menos complicado entender a lógica geral, podendo fazer modificações ou testes o quanto antes possível.

Devemos destacar, entretanto, que o uso desses esquemas não se resume apenas na comunicação da proposta com os outros, mas como avaliação crítica do arquiteto com o planejamento. Funciona também como ferramenta, colaborando para criar proposições diferentes que ampliam a dimensão de possibilidades, com isso fugindo de soluções pré-definidas que, de vez em quando, prejudicam a criatividade.

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“Mas... me disseram que todos os caminhos me levariam a Roma…”

O que é interessante mostrar em um esquema conceitual:

Obviamente difere de projeto para projeto e está de acordo com as necessidades a serem empregadas em cada caso ou situação. De certa forma isso nos obriga a fazer abstrações, o que não deixa o método de lado, podendo ser utilizado como esqueleto do processo.

  • Espaços destinados a funções: Uma praça, habitações, escolas, hospitais… São espaços específicos destinados a alguma atividade.

  • Relações entre espaços e funções: Esses espaços devem estar conectados diretamente, separados por uma pequena fronteira ou realmente bem distantes um do outro?

  • Fluxos: Veículos, pedestres.

  • Direções: Visuais, do vento, do sol, das águas.

  • Limites e Barreiras: Visuais, vegetais, rios, muros, grandes avenidas, construções.

  • Pontos Focais: Regiões de interesse especial por sua simbologia, importância ou imponência. Muitas vezes ocupando áreas centrais como, igrejas, monumentos, grandes construções.


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“Onde está o baú do tesouro, yahrr!”

Não conseguiu produzir seu esquema? Na maioria das vezes a falta de produção do objeto não significa esgotamento da criatividade ou falta de vontade, nem mesmo por não saber desenhar, a incompreensão está no esclarecimento da proposta. Identificar o problema é a palavra chave nesse caso. Podemos fazer diagramas, listar os objetivos base ou observar mapas síntese para nos esclarecer melhor. É uma boa hora de voltar à análise e buscar argumentos.

Exercitar através da experimentação e do traçado também gera conhecimento, afinal é pelo desenho que o projetista consegue conversar com ele mesmo.

Espero ter contribuído para seu projeto :) até a próxima,
Francisco Fon

Outras pesquisas:

REID, Grant W. Landscape Graphics. New York: Whitney Library of Design, 1986.

Referência do texto e imagens:

SABOYA, Renato. Esquemas Conceituais em Projetos de Urbanismo. 12 de Dezembro de 2008. Disponível em: http://urbanidades.arq.br/2008/12/esquemas-conceituais-em-projetos-de-urbanismo/. Acesso em: 24/04/2016   
   
Lego. -. Cidade Lego e Boneco Lego Disponível em: http://wallpaper.ultradownloads.com.br/286867_Papel-de-Parede-Cidade-de-Lego_1920x1080.jpg. Acesso em: 24/04/2016           

1 comentário:

  1. É desse jeito que me sinto ao projetar o Urbanismo.... adorei o texto Chico, sua cara.

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