O livro “New City Life”, escrito pelos urbanistas dinamarqueses Jan Gehl, Lars Gemzoe e Sia Karnaes, tornou-se referência para alguns estudiosos por apresentar pontos que permitem diagnosticar se um lugar se classifica ou não como um bom espaço público. São eles:
1. Proteção contra o Tráfego
As cidades devem oferecer segurança aos pedestres, para que possam se locomover com total segurança pelas ruas, sem ter a constante preocupação de que serão atingidos por um veículo. Esta perspectiva também sugere educar os pedestres a ter precaução e ensiná-los que não existem motivos para temer o trânsito de veículos.
Para que os espaços públicos sejam seguros e permitam a circulação das pessoas, é importante que exista a possibilidade de realizar atividades noturnas, um requisito essencial para que as pessoas se sintam seguras é contar com boa iluminação.
As condições climáticas nem sempre são as melhores para se realizar atividades ao ar livre, por isso, os lugares públicos deveriam incluir áreas adequadas para proteger-se do calor, da chuva e do vento, e evitar, assim, uma experiência sensorial incômoda. Se considerarmos que as áreas verdes ajudam a aliviar o calor, a poluição e os ruídos, a sua multiplicação em áreas urbanas é essencial.
Para que os espaços públicos atraiam pessoas a fim de caminhar, é importante que os acessos sejam adequados e as superfícies sejam regulares, o que garante o acesso de todos. Além disso, se existem fachadas e caminhos interessantes, esse lugar será mais explorado.
5. Espaços de permanência
O quinto critério presente no livro considera que os lugares públicos devem ser agradáveis para que as pessoas possam permanece por grandes intervalos de tempo e apreciar as fachadas e paisagens que a cidade oferece.
Os urbanistas dinamarqueses postulam que se deve aumentar a quantidade de mobiliário urbano nestes espaços públicos - grandes avenidas, parques e praças. Desta forma, não apenas se organiza a circulação das pessoas, mas também se estabeleçam as funções dos lugares. Como produto disto, pode-se destinar lugares para descanso, lazer, leitura, etc.
Embora nem sempre os espaços públicos sejam lugares ao ar livre, o livro argumenta que se deve garantir visuais para paisagens para que os cidadãos tenham possibilidade de contemplar as perspectivas da cidade.
Os espaços públicos, entendidos como locais de lazer e de encontro, devem contar com um mobiliário urbano que convide e fomente a interação entre as pessoas. Para que isto seja possível, devem existir baixos níveis de ruído que permitam que as pessoas possam conversar sem interrupções. Assim, os lugares públicos não devem estar próximos a locais com ruídos desagradáveis, como os de motores de veículos.
Nos últimos anos, as praças vêm incluindo aparelhos de exercícios com o objetivo de incentivar um estilo de vida menos sedentário e por fim, mais saudável. Esta tendência poderia representar uma primeira tentativa de cumprir com este critério que estabelece que os locais públicos devem garantir o acesso à equipamentos esportivos à todos os cidadãos.
Quando se constroem grandes obras, o ideal é que se garanta que os cidadãos possam se relacionar com esta nova infraestrutura em uma escala humana, ou seja, as dimensões não superem aquilo que está ao alcance de uma pessoa comum. Por exemplo, a cidade e seus espaços públicos deveriam ser constituídos a partir de uma escala humana, levando em conta a perspectiva dos olhos das pessoas.
Nas regiões com clima mais extremo, as atividades ao ar livre tendem a ser limitadas. Para potencializar estas atividades, devem ser criados espaços públicos que se relacionem com o clima e a topografia da cidade onde serão construídos.
12. Boa experiência sensorial

Referência:
12 critérios para determinar um bom espaço público. Disponível em:<http://www.archdaily.com.br/br/01-115308/12-criterios-para-determinar-um-bom-espaco-publico>. Acesso em: 20 maio, 2016.
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