domingo, 29 de maio de 2016

“Curso Básico: Gestão de Projetos Urbanos " GRATUITO E A DISTÂNCIA




Prezados Colegas Arquitetos e Urbanistas (estudantes e profissionais),

Recentemente, estive a procura de complementar meus conhecimentos em urbanismo e recebi uma indicação de treinamento gratuita e a distância oferecida pelo Ministério das Cidades chamada: “Curso Básico: Gestão de Projetos Urbanos " .
Além do aprendizado em si, também é uma maneira de aprendermos sobre uma nova ótica: como o governo quer nos ensinar sobre o planejamento das cidades (será que vale a pena? – veremos cenas dos próximos capítulos). Além de gratuito é emitido um certificado ao final do curso que vale nas horas complementares que devemos cumprir para a faculdade.

Ah, existem mais outros cursos disponibilizados além deste, sugiro conferirem as opções.

Segue dados do “Curso Básico: Gestão de Projetos Urbanos "
Carga Horária: 24 horas                                
Data: 06/06/2016 a 27/06/2016
Hora: 10h

Objetivo:

Apresentar aspectos gerais sobre gerenciamento de projetos, sua metodologia e aplicação aos projetos urbanos, os manuais e normas que regulam o acesso aos recursos financeiros do Ministério das Cidades.

Conteúdo Programático:


Introdutório: Diagnóstico de Desenvolvimento Urbano - Diagnóstico sobre o desenvolvimento urbano nos municípios brasileiros e a necessidade de concepção e implementação de projetos.

Elementos Básicos para a Concepção e Implementação de um Projeto - Conceituação de Projeto. Ciclo de vida do Projeto. Áreas de conhecimento do Projeto (Escopo, Tempo, Custo, Qualidade, Recursos Humanos, Aquisições, Riscos, Comunicação, Partes interessadas, Integração). Estrutura Analítica do Projeto (EAP).

Estruturação de Propostas de Projetos -  Conceituação de Projeto Urbano. Ciclo de vida do Projeto Urbano. Áreas de conhecimento do Projeto Urbano (Escopo, Tempo, Custo, Qualidade, Recursos Humanos, Aquisições, Riscos, Comunicação, Partes interessadas e Integração). Estrutura Analítica do Projeto (EAP).

Elementos a observar nos manuais de acesso aos recursos - Manuais de acesso aos recursos. Processo de seleção. Apresentação da documentação. Análise da documentação até o início da execução. Liberação de recursos. Desbloqueio de recursos. Pagamento.

Acessibilidade em Projetos Urbanos - O que é acessibilidade. Como tratar a acessibilidade no contexto do planejamento urbano. Base legal sobre o tema. A atuação do Ministério das Cidades



 Inscrição no site: http://www.capacidades.gov.br/,  até 02/06/2016 (vagas limitadas).

terça-feira, 24 de maio de 2016

O problema da moradia nas cidades




Inúmeras são as soluções tecnológicas a programas governamentais que, tentado resolver o déficit de moradia, apenas vislumbram a construção de  casas.  Casas impressas em 3D, pré-faricadas, "open-source", Minha Casa Minha Vida. O problema dessa estratégia é que a escassez em moradia não é resolvida dessa forma.

.A casa, ou residência unifamiliar, é uma solução arquitetônica típica para um terreno onde há baixa demanda para ocupação de espaço: uma região onde não há uma grande quantidade de pessoas querendo morar. Um bom exemplo disso são as paisagens rarefeitas com predominância de casas nas periferias das cidades. Os edifícios estão nas regiões centrais, onde a demanda pelo espaço é incessante.
O problema de soluções que tentam diminuir o custo de fabricação de casas, ou de programas governamentais como o Minha Casa, Minha Vida, é que elas só servem para periferias distantes, regiões onde, no Brasil, as pessoas raramente moram por opção – principalmente quando se trata de um grupo populacional que depende de uma solução econômica para a construção de sua casa.

As casas produzidas por estes programas assistenciais, do jeito que são implantadas, reproduzem a segregação especial e a falta de urbanidade, pois não possuem infraestrutura, acesso ou oferta de serviços. De quê adianta uma solução econômica para uma casa que está isolada de tudo que pode-se chamar de cidade?

O sonho da casa própria acaba mascarando a realidade segregadora existente nos condomínios habitacionais, no entanto,a  maioria dos moradores destes empreendimentos, apresentam dificuldades de adaptação com a realidade atual e prefeririam se aproximar à região central devido à oferta de serviços
Para amenizar o problema, deve-se pensar em uma escala ampliada: as cidades devem reavaliar as suas regulações como os limites de potencial construtivo por terreno, a exigência de vagas de garagem ou de padrões de qualidade construtiva restritivos, que aumentam consideravelmente o preço de um imóvel de forma a verificar se estes não estão gerando barreiras ao atendimento da demanda por oferta de moradia.
Para acabar com o déficit habitacional é necessário pensar em formas de criar moradias inseridas no ambiente urbano, e construir casas não é uma delas.

Minha Casa, Minha Vida em São Luís. Foto: blogplanalto @ Flickr, por Isac Nóbrega/PR